7.4.06

parto como se saudoso fosse solitárionauta nessa ilha-verde-do-nada
calo-me num grito tão alto como o silêncio que aterroriza de branco
o canto escuro em que pensei poesia num dia claro de verão paulista
racista sem o filtro de aglutinantes cores em branco tampouco preto
quieto & ausente de sentido dele mesmo despresença axeviena e sinto
garimpo-galope louco de desejo com pexeira & verbo na boca em riste
saiste rápino como sempre & também saio eu deste ninho de conformes
disforme ninguém que fui & ao sair parto cu'a impressão de ir tarde

Logo de manhã
casacos cruzam os braços
deitados na praça.