sozinho...
viscerosamente sozinho.
só assim posso ouvir-me por inteiro,
a todos os apelos e a todas as urgências
de todos os vôos que sempre quis voar
de todos os cantos que sempre quis cantar
de todos os mundos que sempre quis mudar
mas por engrenagens-motivos não me entrosei
todas as seqüelas das antiutopias da utopia
e suas gárgulas quiméricas populando meu imaginário
de todos os excessos que sempre me dispus a cometer
com todas e mais outras adicções estupefacientes
de todas as imersões da minha alma parônima
de todas as emersões de contradições homófonas
a tudo isto quero celebrar,
rápido, rápido, antes que tardo,
pois o fumo já se queimou
e o conhaque pertence ao etéreo
assyno eduardo miranda,
d este porto seguro da jlha do Eire,
oje, sabbato, vigesº sestº dia do qvjmtº mez d este anno de MMVII