16.8.06

"eu vivo em trincheiras provisórias "
antônio risério


todo morto traz na cara
a marca do que viveu
cujo cunho pode estar no peito
feito o cunho que está no meu

todo morto tem uma vida
dia ou outro rogada a deus
heréu cabresto da própria sina
enzima azêda que acometeu

todo morto bem morrido
é jazido na jazida que escolheu
aquilo que te mata, meu amigo
te digo que também mata eu.

asyno eduardo miranda
deste porto seguro da jlha do Eire,
oje, qvarª feira, dezº sesº dia do octº mez d este anno de MMVI

No comments: