No ano em que o governo turco reestabeleceu a cidadania do poeta Nâzim Hikmet, uma homenagem que logo mais estará disponível em
TUDA, uma revista eletrônica de poesia, literatura e afins, que lançarei no final do mês.
Nâzim Hikmet (1902-1963) é considerado o maior poeta turco do século 20. Artistas do país, como o Prêmio Nobel de Literatura Orhan Pamuk, já diziam que o caso de Hkmet é um exemplo da repressão da Turquia promovida contra seus intelectuais. Ele foi um dos primeiros poetas turcos a usar versos livres. Tornou-se conhecido no ocidente devido a traduções de sua obra para vários idiomas. Em seu país, no entanto, Hikmet foi condenado por suas convicções Marxistas. Hikmet passou a maior parte da sua vida ou preso em seu país, ou no exílio. Permaneceu uma figura controversa, mesmo décadas após sua morte, e somente agora, dia 5 de Janeiro de 2009, e que a Turquia resolveu reestabelecer sua cidadania, destituída em 1959. Os Cantos dos Homenstradução: Eduardo MirandaOs cantos dos homens são mais belos que os homens
mais esperançosos
mais tristes
e com mais vida.
Mais que os homens, tenho amado seus cantos.
Posso viver sem os homens
mas nunca sem seus cantos.
Nunca me trairão os cantos.
Qualquer que seja sua língua, sempre os compreendi.
Neste mundo, nem a comida, nem a bebida
nem os becos,
nem as coisas que tenho visto, ouvido,
tocado, entendido
nada, nada,
me tem feito tão feliz como os cantos...
İnsanların Türküleri Kendilerinden Güzel
İnsanların türküleri kendilerinden güzel,
kendilerinden umutlu,
kendilerinden kederli,
daha uzun ömürlü kendilerinden.
Sevdim insanlardan çok türkülerini.
İnsansız yaşayabildim
türküsüz hiçbir zaman.
Kadınlarımı aldattım, türkülerini asla
Hiçbir zaman aldatmadı beni türküler de.
Türküleri anladım hangi dilde söylenirse söylensin.
Bu dünyada yiyip içtiklerimin,
gezip tozduklarımın,
görüp işittiklerimin,
dokunduklarımın, anladıklarımın
hiçbiri, hiçbiri
bahtiyar etmedi beni türküler kadar